A evolução no consumo de informações

A partir dos anos 1990 países como o Brasil foram descobrindo aos poucos as maravilhas da internet. Com ela veio a evolução do consumo de informações em uma era em que a tecnologia começava a atingir níveis nunca imaginados.  

Já nos anos 2000 o acesso à tecnologia e, por consequência, a informação aumentou significativamente assim como nos anos 2010. Chegamos aos anos de 2020 como que em um piscar de olhos e a informação está presente em “todo lugar”, na palma de nossa mão por meio de celulares, tablets e notebooks, e a evolução segue.

Correndo para se adaptar

Meios tradicionais como, a televisão, vão aos poucos sendo absorvidos pela internet.

Meios tradicionais de difusão da informação “lutam” para se adaptar em meio a evolução da era das “telas”. Jornais impressos ficaram obsoletos anunciando notícias do dia, no dia seguinte pela manhã. Hoje esses veículos buscam informações mais apuradas como jornalismo investigativo e matérias mais diversificadas para sobreviver no mercado. Muitos deles criaram portais para assinantes virtuais.

O rádio também passou por um processo de evolução importante. As ondas do AM dão espaço para as do FM. Programas tradicionais e apresentadores renomados estão migrando para plataformas como o Spotify®, apresentando podcasts, dando a oportunidade de o ouvinte acompanhar a informação quando ele quiser e onde ele estiver.

A televisão foi um dos segmentos de comunicação em massa que mais “sentiu” a evolução da era tecnológica, passando desde a conversão de sinal analógico para o digital, a concorrência com os canais em plataformas como o YouTube® e recentemente o “boom” de produtoras de conteúdo via streaming como a Netflix®, a Amazon Prime®, e surgem mais a cada ano.  

Alguns canais de comunicação estão criando suas próprias plataformas de streaming para acompanhar o mercado e participar desse poderoso nicho de mercado que, aparentemente, será o futuro da televisão. O telespectador quer ver o que ele quer, no horário que ele decidir, no aparelho que ele achar melhor.

Evolução e a Geração Z


Os nascidos entre o início de 1990 e fim dos anos 2010 são conhecidos como a “geração Z”. Uma geração que nasceu em uma verdadeira revolução tecnológica, desde o surgimento do aparelho celular “tijolão” (que muita gente adorava exibir devido ao seu status de “poder”), até os mais modernos aparelhos de smartphones (comum entre todas as classes sociais) que tem mil e uma utilidades, inclusive, e não mais a principal, fazer ligações.

Para a designer Letícia Emerim, conferir as informações do dia é primordial e ela começa a se atualizar logo pela manhã pelo celular. “Costumo utilizar o Twitter® e TV local como fontes de informação. O Twitter®, por ser instantâneo e pelo fato de grandes contas de jornais utilizarem a plataforma, me sinto informada no período do trabalho. E a TV local como fontes de informação da cidade pela manhã quando acordo”, afirma ela que, assim como muitos brasileiros, assiste a TV em horários destinados para informação regional ou local.

Podcasts e a geração Z


Sobre as mudanças na forma de “consumir” informação, Letícia conta que ficou muito mais confortável e instantâneo. “O melhor avanço a meu ver é a instantaneidade. Não é preciso chegar em casa e ligar a TV ou ir até a banca e comprar o jornal. Aconteceu e todo mundo já sabe”, explica ela se referindo as múltiplas opções de portais de notícias ou entretenimento disponíveis na internet, constantemente atualizados, e as redes sociais.

Ela conta ainda que, sempre que pode, acompanha os podcasts disponíveis para os ouvintes. “São assuntos que no geral me interessam bastante, pois são temas ligados ao mercado de trabalho, sobre profissões e suas áreas de atuação. Eu como designer preciso estar sempre ligada no que acontece quanto a evolução das mídias e das profissões para que eu também possa me atualizar na minha profissão”, afirma Letícia.

Escolhendo o que ler, ver e ouvir


Para Guilherme Vargas, gestor de produtos, a instantaneidade é um dos avanços mais simbólicos dessa nova era de constante evolução, mas isso não significa que é sempre bom.

“As informações chegam até nós quase que em tempo real, já que passamos boa parte do tempo conectados na internet. Então fica muito mais fácil saber o que está acontecendo no mundo. Mas, as vezes são tantas informações que chega ser exaustivo. Em certos momentos queremos apenas um descanso dessa enxurrada de informações que recebemos até mesmo de maneira indireta”, ressalta o gestor.

Ele ressalta ainda que os podcasts permitem que os ouvintes escolham o melhor horário e a melhor forma de acompanhar o programa. “Não precisamos parar tudo que estamos fazendo para escutar um podcast. Quando temos um tempo livre, no carro ou em uma viagem, podemos escolher o que escutar, quais assuntos ouvir. As múltiplas opções são um dos avanços benéficos na minha opinião”, afirma Vargas.

A contínua evolução da comunicação


Neste exato momento milhões de profissionais nas maiores empresas de comunicação e de tecnologia do mundo estão trabalhando incansavelmente para se superar no mercado e trazer novidades para o setor. A concorrência nunca foi tão grande, milhares de ideias são postas em prática todos os meses em protótipos que logo estarão no mercado.

Para Guilherme o aspecto “informação em tempo real” será, ainda mais, o futuro da comunicação. “É uma tendência da internet e dos consumidores de conteúdo que estão sempre buscando a informação “ao vivo”. Um dos exemplos é quem assiste live streaming na internet, seja de programas ou de apenas um gamer transmitindo o que ele está jogando, todos estão buscando essa informação de maneira rápida e o futuro deve seguir essa tendência”, afirma o gestor de produtos.

Se por um lado a informação chega em minutos ao consumidor, é preciso que se tenha um cuidado redobrado com as “fontes oficias” da informação que é repassada adiante. “É necessário que se criem maneiras de ter um controle maior sobre a disseminação de fake News, cada vez mais frequente em nosso meio, é provável que essa seja uma preocupação de todos que buscam levar a informação ao consumidor, logo, um dos principais desafios na era da informação digital”, pondera Guilherme.

Em apenas 30 anos o mundo presenciou uma evolução tecnológica sem precedentes, já imaginou como será o mundo da informação daqui 30 anos?

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